domingo, 11 de abril de 2010

Quem somos

DIMENSÃO VOCACIONAL

1. Dimensão cristocêntrica:
- Descoberta de Jesus como o Enviado do Pai, Ungido para a Missão
- Descoberta de Jesus como o Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas
- Apresentação e cultivo das virtudes apostólicas de Jesus

2. Dimensão eclesial:
- Descoberta da Igreja como Mistério: é iniciativa e obra da Santíssima Trindade
- Descoberta da Igreja como Comunhão: instrumento para a santificação de todos os Homens e sujeito colectivo da acção pastoral
- Descoberta da Igreja como Missão: continuidade da missão de Cristo e centralidade da Evangelização
- Descoberta da Igreja como habitada e assistida pelo Espírito Santo
- Compromisso cristão: a comunidade deve ser uma ajuda por meio da oração discreta e como espaço de iniciação ao serviço dos irmãos

3. Dimensão pessoal:
- Capacidade de avaliar problemas
- Capacidade de estabelecer prioridades
- Capacidade de procurar meios de solução
- Capacidade de decisão e autonomia
- Capacidade de escuta
- Capacidade de fidelidade e estabilidade

4. Ministério sacerdotal:
- Apresentação positiva, progressiva e equilibrada da vocação sacerdotal: não apenas tolerada, mas também pedida, procurada e amada
- Iniciação nos conselhos evangélicos, na sua ligação com a vocação sacerdotal

ACÇÃO FORMATIVA

Quanto ao modo de acompanhamento, existem três elementos a ter em conta:

1. O itinerário pessoal, assente na iniciação à direcção espiritual e na elaboração de um projecto pessoal de vida que favoreça uma leitura da realidade e a consequente acção sobre a mesma, e ainda um atendimento pessoal que estimule e anime nas diferentes dimensões e etapas do percurso.

2. O itinerário em grupo, que favoreça o desabrochar e aprofundar das qualidades humanas e evangélicas da autonomia, da comunhão, da afirmação da identidade cristã, do serviço, da docilidade, da confiança, do diálogo com os educadores. Simultaneamente, permita o aprofundamento catequético do mistério da vocação universal à santidade e da vocação específica, de acordo com as idades de cada rapaz.

O contexto humano. Aqui assume papel importante:

3. A família. A esta é pedido que procure ler a vocação de seu filho numa lógica de fé e não meramente humana ou até mundana; que acompanhe o caminho do rapaz com sincero afecto, oração, respeito, educando para os valores que possibilitem a resposta ao chamamento divino. Para tanto, além do sempre possível atendimento do pais por parte de dos sacerdotes, promovem-se ainda alguns encontros de pais ao longo do ano: no início do ano lectivo, recolecções no Advento e na Quaresma, festa das famílias no final do ano. Há ainda a preocupação de contar com o contributo da reflexão dos pais a respeito da proposta formativa, com a presença de alguns casais no Conselho do Pré-Seminário.

4. A paróquia ou comunidade eclesial. Sendo esta o espaço normal do crescimento vocacional, deve ajudar cada rapaz a descobrir a comunhão e a pluralidade, o serviço eclesial e a generosidade apostólica, a sacramentalidade e a universalidade. O Pré-Seminário procura favorecer a inserção de cada rapaz na sua comunidade, e promover uma relação próxima com os párocos, nomeadamente os dos pré-seminaristas, em ordem à co-responsabilidade. Neste contexto, é importante uma relação próxima com os Seminários e responsáveis da Pastoral Vocacional, de forma que os primeiros estejam sempre presentes como horizonte privilegiado do percurso de cada rapaz, e que a missão do Pré-Seminário não se esgote no acompanhamento dos que já são pré-seminaristas, descurando a tarefa de despertar e ser instrumento de provocação e interpelação vocacional junto das comunidades cristãs. É aqui de realçar que o trabalho do Pré-Seminário é e será sempre um trabalho incompleto já que se centra apenas numa etapa inicial que terá a sua continuidade numa comunidade de Seminário. Na realidade o Pré-Seminário apresenta ao Seminário Menor os pré-seminaristas que tenham concluído o 9º, o 10º ou o 11º anos de escolaridade; e ao Seminário Maior os que tenham concluído o 12º ano ou que se encontrem já em meio universitário ou profissional.

5. A escola. Esta é o espaço que ocupa a maior parcela diária do tempo de cada rapaz e onde as vozes que gritam em sentido diverso são mais que muitas; é também o espaço favorável onde cada um deles pode aprender a responsabilidade no trabalho, o testemunho em meio nem sempre favorável, a fidelidade na adversidade, o amadurecimento psico-afectivo. Neste campo, a atenção é dada por meio do diálogo pessoal, do diálogo com os pais e do apoio psico-pedagógigo realizado por psicólogos que colaboram com o Pré-Seminário, inclusive no âmbito do conhecimento da personalidade ou outros pontualmente necessários.